12 setembro 2007

Elias, a expressão da nossa alma


O que eu vou relatar aqui se encontra no livro de I Reis 17: 1 a 7
Gosto muito de ler sobre os profetas... Homens que sofriam, mas ao mesmo tempo eram valentes. Falavam quando ninguém desejava ouvir, eram corajosos e dependiam inteiramente de Deus. Muitas vezes se encontravam em um lugar de solidão. A vida de alguns profetas fala muito ao contexto e estações da nossa vida espiritual, nossa caminhada com Jesus.

O contexto Histórico de Israel nesta época era o seguinte:
Acabara de ser levantado um novo Rei sobre Israel e seu nome era Acabe, este tomou por esposa Jezabel (ainda tenho muito que escrever sobre esta mulher) e fazia o que era mal perante o Senhor. Acabe abandonou ao Senhor e servia a Baal levantando a este um altar, colocando-o sobre um lugar de honra e “retirando” de Deus o reinado.

Cap. 17: O profeta Elias vai até acabe e lança sobre ele uma palavra dizendo que não mais haveria chuva sobre Israel durante anos. Deus então ordena ao profeta que se esconda.
Há algo que considero muito importante neste texto: Elias conhecia exatamente sua IDENTIDADE, pois no ves. 1 ele diz: “...Deus de Israel, perante sua face estou”. Isto me indica alguém que possuía completa intimidade com o Senhor, diante de sua face constantemente, sendo consagrado, separado, ungido, no centro de sua vontade... Não existe possibilidade de nos relacionarmos com Deus e não haver revelação de quem nós somos. Com certeza se Elias não soubesse quem ele era nunca teria a coragem de se apresentar diante de uma autoridade real e proferir algo daquela proporção. Como diz meu pastor Marco Antônio, quando eu chegar ao céu, quero assistir ao vídeo tape só para ver a cara de Acabe quando ouviu estas palavras...hehehe...
Outro fator importante é que profetas são obedientes, possuem muita sensibilidade espiritual a voz de Deus. Ao ler o restante do texto, você vai ver Deus dizendo a Elias: Retira-te daí... Retira-te daqui... Vai ao lado tal... Faça assim... Diga isso... Assim o profeta fazia. Já não era guiado por sua vontade, mas pela vontade exclusivamente de Deus. Profetas não são donos de si.
Como eu preciso entender estas coisas, pois nossa tendência natural é a de querer estar sempre no controle de tudo. Planejamos nosso futuro, onde estudaremos, onde moraremos, para onde viajaremos, quais serão nossos cursos, especializações e idealizamos algo que muitas vezes não é real... Planejamos todo um futuro e nos esquecemos do principal, a vontade de Deus para nossa vida! Temos que lutar todos os dias contra nossa tendência natural à independência...
Ao dizer tais palavras a Acabe, Deus manda Elias para um lugar distante, pois com certeza com o cumprimento da profecia Acabe o perseguiria. Deus sustenta o profeta com as águas da torrente e alimentos trazidos por corvos no raiar do dia e ao anoitecer.
Ser profeta muitas vezes é estar diante da solidão. Confiar em sustendo e providência divina quanto à tendência natural é DUVIDAR. Imagine só o que é ficar sozinho, aguardando ouvir novamente a voz de Deus? Até onde observo, Deus não fala mais com Elias até o cumprimento da profecia.
Quando digo que a vida de Elias é a expressão da nossa alma, quero dizer que é exatamente assim que muitas vezes nos sentimos. Lutamos para não duvidar do sustento mesmo estando em meio a um deserto. Devemos crer que Ele está conosco quando é difícil ouvir novamente sua voz. Deserto é lugar de aperfeiçoamento!
O que mais me deixa feliz, é saber que Deus se fazia presente através do sustento de água, pão e carne. Talvez, Elias acordasse logo pela manhã e ao ver os corvos sua esperança era renovada, eles eram a expressão da fidelidade de Deus. O sustento não faltava. Deus era presente mesmo em meio à solidão. No deserto temos a impressão que estamos sozinhos, mas Ele está conosco trazendo sustento e conforto nos momentos de solidão.
Esta parte da palavra me faz lembrar uma canção que diz:

Nem que Deus providencie
Corvos para me alimentar
E eles tragam pão e carne
Toda vez que o sol raiar
E haja sempre água nas fontes
Onde Deus me colocar
E cruzando um deserto
Eu não pare de adorar
Eu não pare de adorar

Para finalizar, depois de um tempo Deus volta a falar com Elias, exatamente no momento em que a palavra se cumpre. O profeta vai beber água e descobre que a fonte havia secado. A profecia havia se cumprido. Era chegado o momento de sair do lugar de solidão, evidenciar sinais vindos da parte de Deus e expor os seguidores de Baal a vergonha, mas isto vai ficar para alguma outra postagem, porém posso concluir que: Profetas são firmes! Mesmo cruzando o deserto não param de confiar e depender.

Abre, Senhor os meus olhos...hehehe...

Gabriel

1 comentários:

Gustavo Paes on 12:17 AM disse...

Obrigado pelo comentário no meu blog, você também escreve muito bem, gostei do seu texto!
já tinha lido antes, mas não tinha feito comentários, só adicionei seu blog...hahaha
abraço

 

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